ENTENDENDO A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - Parte 3 - A CAMPANHA NORUEGUESA


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Em meio a beligerância entre nazistas e Aliados, países pequenos evitavam entrar no conflito, a Primeira Guerra Mundial provou que aderir aos horrores bélicos não lhes renderiam muitos benefícios, mesmo sendo vitoriosos, e a incompetência dos Aliados em proteger a Polônia e a Finlândia reforçavam isso. Evitavam se dizer democráticos, ou partidários do nazismo, o estado neutro era a melhor opção, deixando a sorte, e desejando não ser invadido pela nação alemã.




Na manhã de 9 de abril de 1940, milhares de soldados alemães desembarcaram nos portos da Noruega, os noruegueses, britânicos e franceses se iludiram em imaginar que Hitler não invadiria a Noruega por receio da marinha britânica. A batalha mais significativa daquela manhã ocorreu logo no chegar dos navios nazistas na costa norueguesa, em Oscarsborg, a defesa local sob comando do coronel Birger Eriksen conseguiu naufragar um cruzador Blucher usando dois canhões antiquados, eliminado mil vidas alemãs.



Paraquedistas alemãs choviam nos céus da Noruega, logo o sul do país estava dominado. O objetivo principal de Hitler era dominar o norte do país, onde havia minas de minérios de ferro, matéria-prima tão cobiçada por ele nestes tempos de guerra para produção de navios, porta-aviões, submarinos, etc. Afim de dificultar a empreitada alemã, os ministros noruegueses propuseram destruir pontes e estradas do país, mas logo a ideia foi rejeitada, acharam que destruir suas propriedades seria denegrir obras arquitetônicas de grande valor.





Em Oslo, capital do país(situada no sul), os alemães nomearam um traidor norueguês para chefiar o regime títere, o termo “governo Kuusimen” foi usado pelos ministros para designar tal fato, em alusão a Otto Kuusinen traidor comunista finlandês que ajudou na invasão de Stalin a Finlândia, sendo “governo Quisling” o homólogo na Noruega.



O rei norueguês Haakon não aceitava em hipótese alguma se curvar as exigências de Berlim, sua opinião a respeito das decisões que o governo teria que tomar, eram públicas, independente do país se render ou lutar, ele não aceitava a invasão alemã. O país decidiu ir a luta, mesmo com seu exército quase insignificante, acreditavam na ajuda aliada. No dia 11 de abril o governo foi sujeito a um atentado em Nybergsund, expondo também muitos civis ao ataque, e mesmo não morrendo ninguém, o rei anunciou que nunca mais procuraria abrigo em locais que pusessem a vida de inocentes em perigo.




O apoio dos aliados não passou de uma caricaturesca quantidade de tropas, a maioria do exército aliado estava situado na França, e essas poucas unidades que foram ajudar os noruegueses não dispunham de muitas armas ou munições, havendo também poucos canhões, e sem comunicação por rádio, ou com Londres, uma verdadeira de-sistematização. O governo britânico prometia apoios exuberantes a Noruega, tamanho cinismo, seu interesse principal era Narvik, no norte do país onde havia os minérios de ferro, e fazer um bloqueio que impedisse que os nazistas dominassem  essa área impedia Hitler de ter suas ofertas de ferro.



Em Narvik, grandes combates foram travados, gerando perdas consideráveis pros dois lados, mas a ajuda dos britânicos era escassa, e gerava desesperança nos noruegueses, além de poucas semanas depois das tropas serem enviadas, foram ordenadas a retornar ao Reino Unido. Pela terceira vez os Aliados pecavam em ajudar os pequenos países que sofriam com as tropas nazistas.



Em 7 de junho o rei e o governo norueguês subiram a bordo de um cruzador da Marinha Real britânica retirando-se do país ocupado por Hitler, outros noruegueses empenharam jornadas extraordinárias para fugir da ocupação alemã, dando a volta ao mundo na direção leste até chegarem a Grã-Bretanha.



Hitler se contentou em não atacar a Suécia, pois ela fornecia minérios de ferro à Alemanha, e mantê-la neutra era bem melhor do que ver os suecos promovendo conforto aos Aliados com essa matéria-prima.




“Os alemães sofreram as baixas mais pesadas na campanha da Noruega – 5.296, em comparação com 4.500 baixas britânicas, entre as quais grande parte ocorreu quando o porta-aviões Glorious e sua escolta foram postos a pique pelo cruzador Scharnhorst, em 8 de junho. Os franceses e um contingente de exilados poloneses tiveram 530 mortos; os noruegueses, cerca de 1.800. A Luftwaffe perdeu 242 aviões; a RAF, 112. Três cruzadores, sete contratorpedeiros, um porta-aviões e quatro submarinos britânicos foram afundados contra três cruzadores, dez contratorpedeiros e seis submarinos alemães. Outros quatro cruzadores e seis contratorpedeiros alemães foram seriamente avariados.”(Inferno: O mundo em guerra – Hasting, Max. Pg.66)



A perda do porta-aviões britânico demonstrava o quão desqualificado ainda estavam as tropas britânicas. Espantosa incompetência, além de fracas defesas antiaéreas ficaram claras na atuação militar da Grã-Bretanha.

(Baseado no livro "Inferno 1939-1945" - Max Hastings) 

Continua...  

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