ENTENDENDO A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - Parte 2 - CAMPANHA FINLANDESA


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Depois da derrota da Polônia na guerra, qual seria a próxima nação a ter de enfrentar as forças nazistas de Hitler e o Exército Vermelho?



Com o fim da primeira guerra mundial, a Grã-Bretanha assumiu uma política antimilitarista, a qual era motivo de orgulho para seu povo. Porém 20 anos após, o país declarou guerra contra uma das maiores nações da Europa, como poderia oferecer suporte aéreo ou marítimo, com tão poucos disponíveis? Houve a necessidade de adotar novamente o realistamento militar obrigatório.





A fim de evitar que a guerra se alastrasse como em 1914, políticos britânicos e franceses, objetivavam uma paz arranjada com Hitler, desde de que ele tivesse mais controle em suas ambições territoriais. Devido a essa quietude por parte dos aliados, tornou-se comum na época, mencionar sobre a guerra como, “Guerra de Mentira” ou “Guerra Enfadonha”.





Enfim, após a posse dos territórios da Polônia Oriental, a União Soviética almejava reforçar mais sua extensão territorial, e o próximo país a ser invadido, foi a Finlândia, por iniciativa de Stalin. 


 

Para entender por que a Finlândia, vale relembrar que, ao fim da Primeira Guerra Mundial, a Rússia retirou-se do conflito devido a uma guerra civil, sendo os territórios finlandeses perdidos pela mesma com a vitória dos anti bolcheviques.




Os ataques começaram em outubro de 1939 com o domínio de ilhas finlandesas no mar Báltico. Posteriormente Stalin empregou doze divisões para doze ataques pelo país, muitos de seus soldados eram informados, em tentativas de ludibria-los, que os finlandeses tinham atacado a União Soviética, e esta era a defesa. 




Apesar das tropas do Exército Vermelho que estavam invadindo a Finlândia, conterem 120 mil homens, além de centenas de blindados e canhões, lutando com tropas de um país que possuíam apenas 3,6 milhões de habitantes, espalhados numa área territorial enorme para tão poucas pessoas, os finlandeses tiveram êxito em muitas batalhas, seu governo, sabia claramente que não era capaz de vencer uma guerra com o Exército Vermelho, mas, queria torna-la o mais penoso e caro possível para Stalin.




Lutando em território finlandês, seu povo tinha uma vantagem, o uso do habitat. Muitas guarnições soviéticas eram atacadas por técnicas de guerrilhas usadas pelos finlandeses, atacando a partir das florestas, chamados motti – batalhas “corte de lenha”, investiam rapidamente contra seus inimigos e depois batiam em retirada, com intenção de aturdi-los aos poucos. Minavam estradas e locais onde havia rios congelados para que ao explodirem o gelo se quebrasse e as tropas afogassem. Frequentemente enviavam esquiadores(enquanto os soviéticos não sabiam esquiar) para atrás do front, geralmente a noite, afim de atacar colunas de suprimentos inimigas, além de possuir franco-atiradores dignos de impressionarem os russos.




Os finlandeses repugnavam a forma com seus inimigos guerrilhavam, certa vez um general russo, fez uma manada de cavalos passarem por uma estrada minada, afim de explodir as minas existentes e os soldados poderem passar. 




Os Aliados, demonstravam claro apoio a Finlândia, muitas vezes elogiavam pelo seu desempenho de algumas batalhas, porém nenhum soldado britânico ou francês foi enviado a tempo para ajudar os finlandeses, nem a Suécia se predispôs a ajudar seu vizinho necessitado. Enquanto a guerra se desenrolava no leste europeu, as tropas britânicas e francesas situavam no inverno gélido da França em suas fronteiras, cavando trincheiras e observando os alemães do outro lado. Assim como na Primeira Guerra Mundial, imaginava-se que a Alemanha iria atacar através da Bélgica, e para manter a descrição as tropas foram enviadas para França, com intenção de deslocá-las para a fronteira da Bélgica assim que os ataques começassem. Winston Churchill insistia em minar as águas norueguesas para forçar os navios alemães a adentrar em mar atlântico caso atacassem a Noruega, e apesar de suas insistência, o primeiro ministro da Grã-Bretanha na época, Neville Chamberlain, relutava em aceitar tal estratégia.




Tropas britânicas e francesas “simbólicas” foram enviadas para ajudar os finlandeses, porém, ainda não haviam zarpado, quando em 12 de março, depois de três meses e meio de batalhas, é assinado um armistício da Finlândia com a Rússia, oficializando a rendição dos defensores. Mais uma vez os Aliados deixaram na mão um país que suplicava sua ajuda.




Assim como os Aliados possuíam problemas como, não estarem preparados pra guerra, havendo poucos armamentos e soldados, a Alemanha também sofria, pois seu exército ainda não era o necessário para o conflito, além de que, com o início dos ataques à Polônia, o bloqueio de exportação provocado pelos Aliados, estabeleceu uma crise de matérias-primas aos germânicos, que eram cruciais na produção dos utensílios dos soldados.




Hitler, temia que a Grã-Bretanha, conseguisse proteger a Noruega de um ataque, temia por isso, pois o domínio de terras norueguesas lhe concederia um suprimento de minérios de ferro a qual necessitava. Durante o primeiros dias de abril, quando a neve começa a se derreter na fronteira Alemanha/França, Churchill finalmente, convenceu seus colegas do governo a minarem as águas norueguesas, porém, tardiamente. A frota marítima nazista já estava no mar, Londres ignorava que seus inimigos estivessem tão adiantados assim, no dia 2 de abril o comandante nazista concedeu a permissão para que os navios zarpassem, essa intensa movimentação, levou a Grã-Bretanha a pensar que o ataque de Hitler seria nos corredores britânicos pelo Atlântico. Deslocando seus navios para proteger aquelas águas, a muitas horas da Noruega, por fim, no dia 8 de abril quando os britânicos instalaram de fato minas nas águas que davam a Noruega, horas depois, os navios e aviões alemães iniciaram o desembarque no país. A invasão alemã, não foi contida.

(Baseado no livro "Inferno 1939-1945" - Max Hastings)  

Continua...

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