CIÊNCIA: POR QUE AS MULHERES VIVEM MAIS?

Por que as mulheres vivem mais que os homens? Uma resposta plausível seria que devido ao estresse e aos esforços físicos que a maioria dos homens tem de suportar durante a vida, deterioram-no, diminuindo seu período de passagem pela Terra, porém, em tempos modernos como estes, de igualdade entre gêneros, era de se esperar que esta diferença de mortalidade diminuísse.

Uma outra hipótese, tem como base o argumento de que as mulheres possuem uma alimentação mais saudável, bebendo e fumando menos, e se cuidando mais, porém a quantidade de fumantes femininas está crescendo, e muitas bebem e consomem alimentos não saudáveis em excesso.

Porém, pesquisas realizadas com diversas espécies de animais comprovam que em sua maioria as fêmeas vivem mais que os machos. O que sugere aos cientistas, que a resposta para nossa pergunta está nas raízes da biologia, os genes.

Basicamente, nosso corpo envelhece devido ao acumulo de falhas individuais em nosso DNA. Funcionando como uma máquina que precisa de manutenção constante, ao aparecer essas falhas, ele tenta se recuperar, todavia algumas falhas não conseguem ser recuperadas, e com o passar do tempo ficamos velhos e doentes.

Agora, em busca de nossa resposta, se fôssemos na linha da vertente de que as mulheres são mais importantes que os homens, ou, menos descartáveis? De fato, faz sentido, as fêmeas são de extrema importância para a reprodução, o feto precisa se desenvolver em seu útero, e o bebê mamar em seu peito, enquanto os machos após acasalarem, podem ser considerados descartáveis e morrer.

Estudos realizados com roedores, comprovam que as células das fêmeas conseguiam fazer reparos melhores em seu corpo do que os machos, e que a eliminação de seus ovários lhes retiravam este “bônus”. E, interessantemente, quem possui gatos ou cachorros, pode constatar que seus exemplares machos castrados, muitas vezes vivem mais que seus congêneres. As evidências apontam que a castração dos machos, é uma possível saída para uma vida mais longa, até mesmo sendo evidenciada nos humanos. A alguns anos a castração de homens mentalmente perturbados era bastante comum, e pesquisas nos EUA comprovaram que estes, viveram em média quatorze anos a mais que os não castrados. Porém, duvido que muitos homens escolham esta opção para viverem mais.

(Resenha baseada na revista Scientific American nº167, artigo de Thomas Kirkwood)

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