ENTENDENDO A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - Parte 5 - A LUFTWAFFE Vs RAF


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Após a conquista da França, a partir dos termos de rendição, a parte norte e ocidental do território francês estaria em ocupação alemã e o restante do país, não ocupado, seria governado pelo pelo Marechal Pétain(considerado traidor por isso) e denominada a França de Vichy, com sede do governo na cidade de Vichy. Após a formação desse governo fantoche, a Grã-Bretanha cortou relações com a França.



A próxima nação a ser dominada pelos alemães era o Reino Unido. Hitler erroneamente acreditou que bastasse apenas uma pequena demonstração de força para fazer com que os britânicos se rendessem. Os combates travados eram aéreos, a marinha alemã era fraca demais para enfrentar a marinha de Churchill, e durante os meses de julho a novembro a RAF e a Luftwaffe disputaram acirradamente os céus da Grã-Bretanha da extensão marítima que separava a Grã-Bretanha do restante da Europa.



Inicialmente os alemães começaram a campanha com superioridade em número de aviões, e aviadores experientes, dos combates anteriores, incentivando-os o culto ao “ás” e os recordes, porém, não conseguiam concentrar os ataques nas áreas mais importantes, como estações de caças, receptores de radar e instalações de apoio, além de não saberem usar as novas tecnologias como radares, de forma prática como os aliados.


Spitfire da RAF




Nos ataques se seguiram a partir de julho a aeródromos, do comando de bombardeios da Luftwaffe, na tentativa de destruir o comando de caças britânico, a Luftwaffe perdia muito mais aviões que a RAF, e sua produção era menor que a demanda requerida pelas perdas. 




“Entre 8 e 23 de agosto, a RAF perdeu 204 aeronaves, mas 476 caças foram fabricados naquele mês e muitos outros foram reparados. A Luftwaffe perdeu 397 aeronaves, entre as quais 181 eram caças, enquanto as fábricas alemãs produziram apenas 313 aviões dos modelos Bf109 e Bf110. O Comando de Caças perdeu 104 pilotos, mortos nas duas semanas intermediárias de agosto, contra 623 homens da Luftwaffe, mortos ou capturados.” (Inferno. HASTING, Max. Pag 101)


Luftwaffe
Goring, comandante da Luftwaffe, então ordenou pequenos ataques de bombardeio escoltado por maciças quantidades de caças afim de forçar a RAF a lutar em defesa aos aeródromos no ar. As perdas dos britânicas foram altas com essa nova tática, mais era desestimulante para os pilotos da Luftwaffe verem o comando de caças inimigo levantarem voos todos os dias para enfrentarem seus ataques.


Ao final de agosto os alemães cometem o pior erro estratégico da campanha, trocando os ataques a aeródromos, por Londres e outras grandes cidades, acreditavam que atacando grandes centros, Hugh Dowding, comandante Marechal do ar da RAF, usaria todas suas reservas para a defesa, porém Londres estava mais do que preparada para suportar tais ataques, ao contrário dos comandos de caças que eram vulneráveis.


A partir de meados de outubro percebeu-se uma mudança gradual nos ataques, que eram maciçamente diurnos, tornando-se grandes incursões a noite, entre setembro e parte de novembro, os alemães atacaram todas as noites, exceto uma, e nos ataques as cidades, cerca de 43 mil civis britânicos foram mortos, e 139 mil ficaram feridos, porém, durante a campanha a Luftwaffe não possuía uma plano estratégico confiável, e nem precisão de pontaria para afligir danos decisivos a indústria britânica, fator que caso fosse concretizado ajudaria a diminuir a produção de aviões britânicos. De 10 de julho a 31 de outubro, os alemães perderam 1.294 aeronaves e os britânicos, 788.



“O Comando de Caças perdeu ao todo 544 homens — um quinto dos pilotos britânicos que voaram na batalha —, enquanto 801 homens do Comando de Bombardeiros morreram e duzentos foram aprisionados, mas a Luftwaffe perdeu desastrosos 2.698 aviadores altamente experientes e habilidosos.” (Inferno. HASTING, Max. Pag 104)



A não concretização da campanha contra a Grã-Bretanha não foi motivo para Hitler frear em suas investidas pela Europa e sua vizinhança, ele estava decidido em garantir sua posição estratégica na Europa antes que os Estados Unidos entrassem na guerra, e firmar uma paz com Churchill estava fora de ação, a Grã-Bretanha se recusava a negociar. Atacar a Rússia em maio de 1941 era sua próxima decisão, três motivos eram fortes para sua decisão, primeiramente, era a oportunidade dele de erradicar o bolchevismo e expandir o império alemão para o leste, segundo, dominando a Rússia ele impedia que a mesma formasse uma aliança com Churchill, o que seria uma derrota iminente para a Alemanha, e terceiro, Hitler identificava boas fontes econômicas na Rússia, como os poços de petróleo do Cáucaso.

(Baseado no livro "Inferno 1939-1945" - Max Hastings) 

Continua...

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Comentários
2 Comentários

2 comentários :

  1. Olá,
    A 2° Guerra é um assunto muito interessante para ser abordado, confesso que conheço pouco da história. Adorei o post.
    Bjs e uma ótima noite!
    Diário dos Livros
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    1. Obr. A segunda guerra realmente é um tema fascinante de ser estudado.

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